Se você tem menos de 30 anos, então com certeza a impressão 3D é mais velha que você.
Pode parecer que não, mas há quase 40 anos que as pesquisas sobre impressão 3D começaram e é incrível de ver as grandes facilidades que conseguimos alcançar hoje em dia com ela.
1981 – 1999: O início da Manufatura Aditiva
Em 1981, Hideo Kodama do Instituto Municipal de Pesquisa Industrial de Nagoia publicou sobre um novo sistema rápido e funcional que utilizava fotopolimeros. Um modelo sólido foi impresso através de camadas, cada uma correspondente a uma fatia do modelo. Já conhecemos esse processo, não?
Três anos depois, em 1984, Charles Hull fez história no desenvolvimento de impressão 3D através da invenção da Stereolitografia. Esse novo processo permitia que designers criassem modelos 3D utilizando arquivos digitais que depois seriam utilizados para a criação de objetos tangíveis.
O que permite a Stereolitografia é a material base conhecido como fotopolímeros. A partir da emissão de laser UV no polímero líquido ele se torna plástico em forma sólida, moldado no formato do design que foi feito em 3D.
No início esses projetos não funcionavam perfeitamente. Os materiais deixavam alguns desgastes nas peças e as impressoras eram extremamente caras para uso doméstico. Seu potencial era inegável e décadas mais tarde a impressão 3D mostrou que todo o seu potencial continuava crescendo.
1999 – 2010: A revolução da impressão da Medicina à Manufatura
Nos anos 2000 o primeiro órgão 3D foi impresso. Cientistas do Instituto Wake Forest para Medicina Regenerativa imprimiu uma forma de uma bexiga humana e depois depositou as células do paciente que gerou um novo tecido na forma que depois foi implantado no paciente.
Para a medicina essa década teve grande importância através dos avanços das pesquisas que envolviam impressão 3D. Em 10 anos os cientistas de diferentes instituições e startups desenvolveram rins funcionais, construíram próteses para pernas e vasos sanguíneos.
Em 2005 o Dr. Adriann Bowyer lançou a iniciativa da criação de uma impressora 3D que pudesse se autoconstruir através de peças impressas 3D. Em 2008 a Impressora Darwin foi desenvolvida e trouxe a possibilidade de pessoas de todos os lugares imprimirem seus próprios projetos.
Na metade dos anos 2000 a primeira SLS se tornou viável comercialmente, o que abriu portas para as solicitações de peças impressas em 3D. A startup Object construiu a primeira impressora que conseguia imprimir diversos objetos ao mesmo tempo, o que permitiu a fabricação de diferentes versões do mesmo objeto com diferentes materiais.
2011 – Presente: A melhor versão da Impressão 3D (até agora)
Hoje, quando olhamos para trás observando os últimos anos, é difícil não pensar que estamos vivendo o futuro. Hoje em dia designers não estão mais limitados ao plástico para impressão, mas também conseguimos a impressão com metais, ouro e prata.
Além de joias e artes plásticas, a impressão 3D agora está sendo utilizada para a impressão de casas com custo reduzido. Nos dias atuais também conseguimos desenvolver braços robóticos, substituição de ossos, e até mesmo pequenas partes de projetos eletrônicos.
O desenvolvimento da impressão 3D tem um crescimento muito rápido e com certeza nos próximos anos seremos surpreendidos com mais novidades. Acompanhar todas essas mudanças pode ser difícil, mas é de grande importância uma vez que cada dia mais a impressão 3D ganha mais espaço no mercado
Traduzido e adaptado do artigo: History of 3D Printing: It’s Older Than You Are (That Is, If You’re Under 30)